BMX
MX ou bicicross é um esporte praticado com bicicletas especiais, uma espécie de corrida em pistas de terra. Surgiu no final da década de 1950 na Europa e se popularizou na Califórnia no começo dos anos 1960.
Origem
Recentemente foram descobertos fotografias e um vídeo que comprovam que o BMX e as suas corridas organizadas não nasceram nos anos 1960 e 1970 na Califórnia, mas, de fato, em Amersfoort, na Países Baixos, no ano de 1958.
Nos anos 1960, as crianças imitavam seus ídolos do motocross com suas bicicletas, construíam pistas e faziam corridas informais. Assim nascia um novo esporte. Durante os anos 1970, esse novo esporte começou a crescer, surgiram equipes, campeonatos, revistas especializadas, marcas novas de peças e bicicletas BMX.
No final dos anos 1970 alguns pilotos mais velhos, como Tinker Juarez, começaram a se aventurar em piscinas e skateparks - até então território dos skaters. As manobras que começaram a criar fora das pistas de terra, começaram a dar nas vistas. Surgia o freestyle ou "estilo livre". Um dos pioneiros, e considerado "pai" do freestyle foi Bob Haro, que inventou muitas das primeiras manobras e também criou a Haro Bikes e a primeira BMX de freestyle - a Haro Freestyler.[2] Outros pioneiros foram R.L. Osbourn, Woody Itson, Mike Dominguez e Martin Aparijo.
Durante os anos 1990 apareceu um novo herói, Matt Hoffman, que "salvou" o BMX Freestyle numa época em que BMX perdia muito da sua popularidade. Hoffman criou a Hoffman Bikes, organizou campeonatos e bateu vários recordes mundiais, tendo sido durante muitos anos o campeão mundial na modalidade Vert.
Kevin Jones foi a outra grande figura dos anos 1990 mas no estilo flatland. Jones apenas participou de alguns campeonatos como amador, no final dos anos 1980, mas era suficiente para meter medo aos "PROs" cada vez que aparecia. Foi na sua pequena cidade de York, Pensilvânia, nos Estados Unidos, que ele inventou centenas de manobras novas e criou uma série de filmes chamados "Dorkin' in York"[3] que revolucionaram o Flatland.
O documentário Joe Kid on a Stingray[4] é o primeiro filme a contar a história do BMX desde o lançamento da bicicleta Schwinn Stingray[5] em 1963 até aos X Games passando pela época de ouro do BMX nos anos 80.
O BMX, que para alguns é um esporte e para outros estilo de vida, é caracterizado pelas manobras que vão desde as simples às arriscadas, e sempre onde é praticado chama a atenção do público por ainda ser um esporte novo e pelo belo visual conferido pelas manobras e pela emoção sentida pelo público a cada manobra arriscada.
Atualmente o BMX já está entre os maiores desportos de ação do mundo, sendo inclusive um dos que mais crescem em número de participantes. Vários campeonatos são realizados anualmente, no mundo.
Modalidades
O BMX se divide em duas modalidades, o BMX Racing (corrida) e o BMX Freestyle (Manobras).
Já o Freestyle (estilo livre) também é dividido em modalidades, sendo diferenciadas pelo local e a forma de como são executadas as manobras.
Dirt Jumping
É praticado em rampas de terra, com alturas e distâncias variadas, podem ser rampas únicas, doubles, ou sequencias chamadas de trails. As manobras são uma mistura das manobras vistas no vert com os grandes saltos do bicicross.
Vert
Vert ou Vertical é praticado em uma rampas com formato de “U”, denominada Half-Pipe, com manobras nas bordas e nos chamados aéreos (vôos para fora da rampa) onde os atletas buscam executar manobras de alto grau de dificuldade o mais alto possível no dois lados da rampa. É uma modalidade com um belo visual para espectadores.
Street
É praticado nas ruas, os obstáculos são tudo o que possa ser encontrado, desde escadas, corrimãos, paredes, bancos, monumentos e etc. As manobras combinam o Dirt, o Vert e o Flatland são executadas ao se transpor algum obstaculo, e o que vale é a criatividade em cada obstáculo encontrado pelas ruas.
Park
É praticado em percursos fechados (skateparks ou bikeparks) onde se encontram obstáculos que, inicialmente, procuravam simular os obstáculos das ruas, mas atualmente já possui um desenho próprio, com rampas para aéreos e para saltos, bancadas, muros e paredes, e possui ainda hoje algumas poucas simulações de obstáculos encontrados nas ruas, como escadas e corrimãos.
Flatland
É praticado em áreas planas e sem obstáculos, as manobras são um desafio de equilíbrio, criatividade e agilidade que podem ser estáticas (usando travões) ou com muito movimento (sem os travões). Os atletas ou artistas buscam executar varias combinações e variações seguidamente sem interrupção do movimento entre uma manobra e outra.
A Bicicleta utilizada no flatland é a mais diferenciada entre as usadas nas outras modalidades do freestyle.
Novos modelos de bicicletas foram lançados e mais pistas foram construídas por todo o país. Hoje, há mais de dois mil pilotos federados. Orlando Camacho também foi o responsável pela introdução no Brasil do Freestyle, outra modalidade BMX. Naquele tempo as exibições eram feitas na pista, com os pilotos se equilibrando em cima das bicicletas, em manobras radicais para a época.
Cicloturismo
O cicloturismo é uma forma de turismo que consiste em viajar utilizando como meio de transporte uma bicicleta. É uma maneira muito saudável, econômica e ecológica de se fazer turismo.
O cicloturismo é o conhecimento que se adquire de outras culturas e costumes das cidades visitadas.
Para praticar esta modalidade é necessário algumas precauções para não sofrer contratempos na estrada, kits de reparo de câmaras de ar, ferramentas de ajustes e manutenção de freio entre outras peças da bicicleta. Hoje contamos com diversos grupos espalhados por varias cidades do Brasil, que geralmente marcam eventos, passeios e viagens através de redes sociais combinando data horário e apresentando todo o roteiro da viagem assim como as recomendações básicas para o cicloturismo ocorrer de forma segura e tranquila.
O tipo de bicicleta utilizada para uma viagem, deve ser além de confortável, forte e em bom estado, deve permitir que se percorra qualquer tipo de piso, ou seja, asfalto e terra. A bicicleta necessita de revisões periódicas, no mínimo uma vez por mês, devendo o cicloturista ter noções básicas de como montá-la e desmontá-la, aprender a trocar ou consertar a corrente, regular freios e troca marchas.
Até há algum tempo o costume e a cultura de pedalar no Brasil esteve ligado às pessoas que não possuíam automóvel, uma classe mais humilde. Hoje diversas classes sociais fazem uso da bicicleta como meio de transporte, fugindo do trânsito caótico nas grandes cidades.
Em alguns países, como os Países Baixos, são oferecidas ótimas condições para o desenvolvimento deste esporte ou atividade física. Além de existirem ciclovias, é facultado o transporte com ônibus adaptados, estacionamentos próprios para bicicletas, entre outras comodidades.
Há duas modalidades básicas de cicloturismo: de forma autônoma e com suporte. Viajar com autonomia pode ser praticado tanto solitariamente como em grupo. Nesta modalidade o viajante leva consigo tudo o que precisa na viagem, normalmente nas bolsas específicas para bicicleta chamadas alforjes.
Na modalidade com suporte, geralmente o viajante contrata o serviço de uma operadora, que organiza o roteiro, hospedagem e alimentação, normalmente transporta os pertences do viajante e oferece serviço de guia.
O Cicloturismo Esportivo
Esta modalidade do cicloturismo o ciclista irá utilizar a infraestrutura da cidade que visita, como por exemplo ficando em hotéis ou hostels e utilizando restaurantes, bares, barcas e até mesmo outros meios de transporte dentro do possível para se locomover pela cidade.
O Cicloturismo Autossuficiente
Nesta modalidade o ciclista viaja autossuficiente, ou seja, ele não irá depender de nenhum infraextrutura logal, tendo que acampar em barraca e cozinhar sua própria comida. Em alguns casos de locais que permite a caça e a pesca ele inclusive se utiliza destas formas de obtenção de alimento para conseguir concluir sua viagem.
A Cicloexpedição
Esta modalidade trabalha com a idéia do ciclista ter que responder alguma pergunta não respondia com o planejamento da sua viagem. Um exemplo bom é se existe caminho acessível para a Bicicleta, se possui alguma forma de obtenção de alimentação ou água.
Downhill
O Downhill é disputado dentro de cidades que são privilegiadas com um relevo acidentado. Assim, os circuitos combinam obstáculos naturais e artificiais, como rampas, muros e escadarias.
A migração do evento em circuitos com pista de terra para o asfalto serviu para divulgar melhor o desporto, pois o público passou a acompanhá-lo mais de perto, interagindo mais com a prova, o que consequentemente atraiu a atenção de mais pilotos e da imprensa mundial.
O Lisboa Downtown, disputado em Portugal, foi o primeiro evento de Downhill realizado em uma área urbana. Em 2003, o Brasil tornou-se o segundo país a realizar provas oficiais de Downhill Urbano, quando aconteceu a primeira edição da Descida das Escadas de Santos.
Prática
Os desportistas desta modalidade usam várias proteções, pois as quedas em Downhill não são pequenas e podem se machucar facilmente. Usam capacete com proteção para o queixo e pescoço, caneleiras próprias da modalidade, joelheiras, muitas vezes em conjunto com as caneleiras, cotoveleiras e proteções do peito e costas.
Aaron Gwin campeão mundial de DownHill 2012.
Pode-se usar óculos de proteção, pois podem saltar pedras para o rosto ou, com a velocidade de descida, os olhos começarem a lacrimejar devido ao vento que bate de frente e com força e isso afetaria na velocidade de reação visto que teriam uma visão reduzida devido às lágrimas.
Neste esporte é necessária muita técnica em descidas, saltos e pisos irregulares assim como uma elevada velocidade de e capacidade de concentração.
Para se ser um bom praticante de Downhill é necessário ter uma excelente forma física. Não é necessário apenas saber descer; visto que em muitas pistas de Downhill o atleta tem de passar por umas quantas subidas. Deve-se treinar sprints que são muito úteis em zonas mais fáceis de um percurso de Downhill assim como se deve treinar a resistência, necessária a qualquer modalidade do ciclismo. Para poder chegar longe nesta modalidade os ciclistas antes de realizar os percursos devem estar relaxados, e nunca podem estar tensos, inclinando sempre o tronco para trás para uma melhor aderência ao percurso podendo evitar uma queda para a frente.
Bicicleta
Atualmente não se pensa em praticar downhill, principalmente em competições, sem uma bike com um quadro preparado para aguentar grandes impactos, com suspensões de no mínimo 180mm de curso tanto na roda traseira como na dianteira, travão de disco de acionamento hidráulico (Liquido de travão, invés de cabos de aço) e pneus largos com compostos macios para maior aderência ao terreno. Aliás, o desenho dos pneus difere conforme o terreno a ser utilizado, como terreno seco ou molhado/lama. Além disso, na bicicleta de DH não existe o câmbio dianteiro. No seu lugar é instalado uma guia de corrente, que tem a missão de manter a transmissão funcionando apesar de todas as trepidações que a pista transmite à bike. A geometria e posição do quadro da bike relativamente ao chão também difere das de outras modalidades. Esta por ter o a suspensão da frente mais alta tem uma certa inclinação para trás, o que também ajuda nos trilhos, pois estes são sempre com inclinações muito acentuadas, e esta inclinação do quadro faz com que o ciclista tenha menos probabilidades de cair para frente.
O futuro
A bicicleta de downhill exige o maior desenvolvimento tecnológico dentre todas as modalidades do ciclismo tendo em média de 20 kg, podendo variar de 16,5 kg a 23 kg e este é um dos responsáveis pelo fascínio que este esporte causa nas pessoas. Hoje em dia estuda-se a geometria do quadro, materiais e ligas mais leves e resistentes, controle de curso de suspensões através de ar ou óleo, travões de accionamento hidráulico com regulagens de modulação(travão mais progressivo ou mais "estanque"), etc. Atualmente, as indústrias estão entrando numa nova era com estudos a fim de eliminar o câmbio traseiro (muito susceptível a falhas). A Honda (empresa japonesa de carros e motos) tem um protótipo iron horse (RN-01) que compete em todo o circuito internacional onde o grande diferencial é o sistema de marchas internas localizado no centro do quadro (Gear Box). Outras empresas, como a Hayes (travões), B-one e GT também começam a pesquisar e desenvolver esta tecnologia.
Ciclismo de Estrada
Ciclismo de estrada ou ciclismo em estrada é um tipo de competição esportiva, derivada do ciclismo, disputada em estradas utilizando de bicicletas próprias para dar para o ciclista este fim que, no Brasil, são conhecidas por Road Bike ou Speed.
O ciclismo de estrada é um esporte bastante popular no mundo inteiro, mas principalmente na Europa. Os países com maior número de competidores e de apoiantes são a Alemanha, a Bélgica, a Espanha, a França, a Itália, os Países Baixos, Portugal e a Suíça.
No Brasil, até o início da década de 1990, o esporte era praticamente ignorado pela mídia. Nos últimos anos, vem ganhando visibilidade e, desde o início desta década, a televisão aberta vem cobrindo vários eventos desta modalidade como, por exemplo, o Tour de France, La Vuelta de España e Il Giro d'Italia além das regionais Copa América de Ciclismo e a Copa da República de Ciclismo.
Histórico
Os primeiros registros de corridas de ciclismo de estrada datam do século XIX, mais especificamente em 31 de maio de 1868, tendo a prova acontecido no Parc de Saint-Cloud, em Paris. Ela foi vencida pelo ciclista britânico James Moore.
Visando promover o ciclismo e demonstrar que a bicicleta era viável como meio de transporte para cobrir grandes distâncias, em 1869 aconteceu a primeira prova entre duas cidades percorrendo a distância de 123 km entre Paris e Ruão. O vencedor foi novamente James Moore, que levou 10 horas e 25 minutos para completar o percurso.
Tipos de provas
O ciclismo de estrada é regulado pela União Ciclística Internacional (UCI) e possui diferentes modalidades[5], sendo as principais listadas abaixo:
Provas de um dia
São provas que acontecem em um único dia, possuindo apenas uma largada e uma chegada. Estas provas são disputadas apenas por equipes que percorrem distâncias que podem variar de 60 km a 280 km, dependendo da categoria. É declarado vencedor o competidor que primeiro cruzar a linha de chegada. Alguns exemplos de provas deste tipo são a Paris-Roubaix, Milão-Sanremo e Liège-Bastogne-Liège.
Critérios
São disputadas em circuito fechado à circulação e que seguem uma das seguintes fórmulas:
Classificação na chegada da última volta.
Classificação sobre a base do número de voltas completas e do número de pontos obtidos nos sprints intermediários.
O circuito deve ter entre 800m e 10 000m e a distância total da prova pode variar entre 80 km e 150 km.
Provas individuais contra o relógio
Trata-se de uma modalidade olímpica onde os competidores percorrem entre 15 km e 80 km distância, sendo declarado vencedor aquele que completá-la no menor tempo. Nesta prova os ciclistas largam um de cada vez em intervalos pré-determinados, não é autorizada a formação de pelotão e, no caso de ser alcançado por algum outro competidor, não é permitido aproveitar-se do vácuo. Além disto, é obrigatório guardar uma separação lateral de, ao menos, dois metros de qualquer outro competidor.
Provas contra o relógio por equipes
Semelhante à prova individual contra o relógio, onde os ciclistas de uma mesma equipe percorrem agrupados distâncias de até 100 km. Todos os ciclistas de uma equipe largam ao mesmo tempo e, caso alcancem outra equipe, não é permitido aproveitar-se do vácuo formado pela equipe alcançada. O tempo final de cada equipe é atribuído a partir de um determinado competidor da equipe, por exemplo o quarto, que pode variar conforme a competição.
Provas por etapas
Consiste em diversas 'provas' ou 'tiradas' disputadas consecutivamente, devendo acontecer em, no mínimo, dois dias. O competidor que acumular o menor tempo para completar todas as etapas é considerado o vencedor geral. Provas por etapas normalmente possuem outras classificações e premiações como a classificação geral por pontos, geralmente atribuída aos velocistas e classificação geral de montanha. Também é comum que uma ou mais etapas seja do tipo contra o relógio individual. As mais famosas competições deste tipo são o Tour de France, Giro d'Italia e a Vuelta a España.
Ultra maratona
São provas que possuem uma única etapa que cobre distâncias muito longas e duram normalmente vários dias. A mais conhecida prova desta modalidade é o Race Across America (RAAM). RAAM é uma corrida que percorre os Estados Unidos da América de costa a costa em uma única etapa e que cobre aproximadamente 3 000 milhas em cerca de uma semana.
Equipes
Mesmo que permaneça o princípio de que o primeiro competidor a cruzar a linha de chegada é o vencedor, muitos ciclistas fazem parte de equipes. Normalmente as equipes dispõem de patrocínios comerciais, sendo que nas equipes profissionais ou semi-profissionais, o nome do principal patrocinador acaba se tornando também o nome da equipe. O tamanho das equipes pode variar de três ciclistas em um evento amador até uma dúzia em uma corrida profissional.
Antes e durante a corrida, os ciclistas de cada equipe decidem entre si qual deles tem a melhor chance de vitória. Entre os fatores que influem nesta escolha estão o relevo, traçado, características da prova, possibilidade de chegada em sprint, entre outros. O restante da equipe se dedicará a ajudar o líder escolhido protegendo-o do vento ou se recusando a perseguir o pelotão no caso de ele escapar, por exemplo, sempre respeitando a estratégia que foi escolhida.
Em corridas profissionais, existe a figura do diretor da equipe que acompanha a competição em um carro próprio da equipe e tem a função de estrategista. Nestes casos, a coordenação da equipe acontece através de rádio entre os ciclistas e o diretor, que também monitora a situação, sugerindo alterações na estratégia conforme os acontecimentos. Por vezes, a influência da comunicação por rádio nas táticas de corrida é alvo de discussão entre os entusiastas do ciclismo. Alguns argumentam que a introdução da comunicação por rádio na década de 1990, diminuiu a importância do conhecimento tático individual de cada ciclista, tornando as corridas menos emocionantes.
Tipos de ciclistas
Os ciclistas de estrada podem ser separados conforme sua especialidade:
Escalador: ciclista especialista em subidas de montanhas;
Contrarrelogista: ciclista especialista em provas individuais contra o relógio;
Velocista: também conhecido por sprinter, ciclista de grande potência e capaz de atingir grandes velocidades, no entanto não conseguem mantê-la por muito tempo dependendo muito da ajuda dos "gregários" para chegar bem posicionado aos kms finais e ter maior chance de vencer a prova;
Gregário: ou Domestique, é o corredor que ajuda o líder ou capitão de equipe a vencer. O trabalho do gregário pode ser de todos os tipos: desde fornecer comida e bebida para seu líder e outros companheiros de equipe (que também desempenham o papel de gregário dependendo do desempenho de cada um), até mesmo pedalar bem em frente a um companheiro de equipe reduzindo o arrasto do vento e o ajudando a economizar energia (energia essa fundamental para ser gasta no Sprint final, por exemplo). O gregário é conhecido por ser quem mais trabalha em prol dos objetivos da equipe e pela vitória de algum dos seus companheiros de time, apesar de ser o de menor prestígio e reconhecimento entre o público em geral;
Passista: é capaz de manter um ritmo de competição por um período prolongado, geralmente por várias horas.
Objetivo
O objetivo da competição é bastante simples: chegar em primeiro lugar na linha de chegada. Diversas táticas são empregadas para alcançar esta meta. Normalmente, um grupo de corredores tenta escapar do pelotão atacando e fugindo, de maneira a reduzir o número de concorrentes aptos a competir pela vitória. Se esta ruptura não ocorre e o grupo principal chega unido em sua maioria até a reta final, costuma ocorrer uma disputa no último quilômetro ou nos últimos quinhentos metros conhecida como sprint, quando o vencedor costuma ser um atleta cuja principal qualidade é a habilidade para desenvolver, de maneira explosiva, um grande arranque por um curto período de tempo. Normalmente, as equipes dos bons sprinters tentam evitar as escapadas, de modo que sempre haja um sprint ao final da competição.
Resistência
Durante a competição, é importante que o ciclista preserve suas energias trafegando em grupos, de modo a evitar o desgaste oriundo da resistência do ar.
As etapas contra-relógio são disputadas com medição individual do tempo de cada competidor, geralmente em percursos menores (de até 60 km), que percorrerá todo o trajeto sozinho, pois os ciclistas são liberados para a estrada a intervalos regulares (1, 2 ou 3 minutos) é o usual.
Mountain Bike
Uma bicicleta de montanha (em inglês mountain bike) ou bicicleta todo o terreno é um tipo de bicicleta usado no ciclismo de montanha (em inglês mountain biking), uma modalidade na qual o objetivo é transpor percursos com diversas irregularidades e obstáculos.
Na maioria dos países de língua latina, para além de ciclismo de montanha, este esporte é também chamado de bicicleta todo o terreno, em sigla BTT, sendo esta a designação utilizada em Portugal e restantes países lusófonos, à exceção do Brasil, onde é conhecido popularmente pelos termos ingleses mountain bike ou mountain biking, comumente abreviado como MTB. No entanto, surgem por vezes as designações de ciclismo de montanha, e esporadicamente BTT, à semelhança da restante lusofonia.
Curiosidade histórica foi a tentativa de introduzir em Portugal a designação VTT (do francês, Velo Tout Terrain), porque as primeiras bicicletas deste modelo tinham sido importadas deste país. A opção BTT resultou de polémica jornalística entre Alves Barbosa, ligado à FPC - Federação Portuguesa de Ciclismo, adepto da designação francesa, e Marcos Serra, co-fundador da FPCUB - Federação Portuguesa de Cicloturismo e Utilizadores de Bicicleta,que fez prevalecer a sigla BTT.
O mountain bike é praticado em estradas de terra, trilhas de fazendas, trilhas em montanhas e dentro de parques e até na cidade.
O mountain bike é um esporte que envolve resistência, destreza, concentração e autossuficiência. Como é comum a prática do esporte em locais isolados, o aspecto de autossuficiência é importante para que o ciclista consiga realizar pequenos reparos em sua bicicleta, e concentração por ser um esporte que exige muito do psicológico para enfrentar os diversos obstáculos.
História
A modalidade desportiva mountain bike nasceu na Califórnia no meio da década de 1950 através de brincadeiras de alguns ciclistas e de alguns surfistas que procuraram desafios bem diferentes das competições de estrada tradicionais e atividades para dias sem ondas.
Os primeiros nomes que apareceram foram: John Finley Scott: "provavelmente" a primeira pessoa a modificar uma bike exclusivamente para andar na terra - em 1953. Utilizou um quadro para passeio Schwinn, pneus largos, conhecidos como balão, guidão reto, travões cantilever e desviadores traseiros e dianteiros; Tom Ritchey e Gary Fisher: pioneiros na prática do esporte e no desenvolvimento de componentes em série, como futuramente bicicletas próprias para o novo estilo. Fundadores das empresas Gary Fisher e Ritchey; Joe Breeze: Confeccionou a primeira bicicleta para a pratica do Mountain Bike, a Breezer # 1 em outubro de 1977.
Equipamento
As bicicletas de montanha diferem das bicicletas de estrada em diversos aspectos:
Usam pneus mais largos e cardados (com cravos e geralmente acima da largura 1.5"), que absorvem impactos de forma mais eficiente, são robustos, possuem maior aderência em terrenos enlameados e oferecem maior controle e tração da bicicleta em terrenos acidentados, na areia e na lama. Em contrapartida, oferecem baixo desempenho em trechos asfaltados. Os tamanhos mais comuns dos pneus de MTB são 1.8-2.2 para o XC, 2.0 a 2.4 para o freeride, enduro e downhill (referência).
Usam amortecedores, na frente, atrás ou dois, um na frente e outro atrás, conhecidas como bicicletas Full Suspension, projetadas para oferecerem maior conforto e, consequentemente, reduzir os impactos sentidos pelo ciclista e permitir maior controle da bicicleta. É importante ressaltar que não é necessário possuir o amortecedor traseiro, motivo pelo qual diversos ciclistas de diversas categorias do Mountain Bike preferem bicicletas Hardtail (rabo duro, em português, ou bicicletas rígidas, com ou sem amortecimento dianteiro) do que Full Suspension (suspensão brutalica, em inglês, ou bicicletas com dois amortecedores). Eles podem ter diversos sistemas de amortecimento: amortecimento pneumático, entre outros sistemas combinados (mola com elastômero, mola com ar, mola com óleo, ar óleo e mola, ou até mesmo elétricos (elementos de amortecimento, mais o circuito eletrônico).
Possuem quadros reforçados e mais resistentes, especialmente nas modalidades que incluem saltos e quedas de grandes alturas, mas sem comprometer gradativamente no peso do conjunto, como é o caso das bicicletas destinadas para a categoria All Mountain;
O guiador (guidão) pode possuir diversos formatos, cada um com suas vantagens e desvantagens. Podem ser retos (inicialmente utilizaram-se guidões retos) ou curvos, com diversas angulações.
Nas primeiras bicicletas, utilizava-se rodas de 26", em vez dos aros 700 do ciclismo de estrada. Os aros costumam ser de parede dupla, mais reforçados e pesados que os de ciclismo de estrada, de modo a evitar deformação nas ultrapassagens de obstáculos. Recentemente começaram a ser usados também aros de 29", 27,5" (ou 650b). Na década de 2010, o aro 29 estabeleceu-se como o padrão para as provas de XCO, XCP eXCE; as rodas 27,5" ou 650b passaram a ser o tamanho mais comum para as bicicletas de All-mountain, Freeride e Enduro, embora alguns competidores, como Nino Schurter, as utilizem no XCO. No Downhill, as rodas 26" ainda são maioria, porém as rodas 650b começam a ser cada vez mais presentes também nesse tipo de prova.
As relações de marchas, eram inicialmente maiores e mais leves que nas bicicletas de estrada, mas possuem a mesma precisão. Hoje em dia a quantidade de marchas varia 18 e 21 marchas entre as bicicletas mais básicas e 11 a 33 marchas nas bicicletas mais modernas, já que em 2012 foram introduzidas os grupos de marchas com 2 coroas (2x9 ou 2x10) e em 2013, os grupos com 1 coroa (1x11).
A tendência de mercado é que bicicletas de montanha venham a ter a relação de marchas muito parecidas com a das bicicletas de estrada, como é o caso de muitas Mountain Bikes de Cross Country que começaram a ser equipadas com relação de 20 marchas (10 marchas na catraca e duas na coroa), como é o caso das bicicletas de estrada, em alguns casos são utilizados uma relação de 11 marchas (11 na catraca e coroa única).
Modalidades
Há várias modalidades esportivas que podem ser incluídas na categoria Mountain Bike. O equipamento mínimo em todas elas, além de uma bicicleta adequada, é composto de capacete, luvas, uma câmara-de-ar reserva, bomba-de-ar, água (mochila com depósito ou cantil encaixado na bicicleta, com água ou mistura isotónica) e alimentos (geralmente barras de cereal, frutas ou algo igualmente rico em carboidratos e fácil de carregar). E o mais importante: por ser um esporte, de maneira geral, individual, é de extrema importância que o ciclista possua conhecimentos básicos de manutenção e reparo de bicicletas.
Cross-country ou XCO: É a prova disputada em estradas de terra,que possuem um alto nível de decidas e subidas técnicas com pedras e raízes,geralmente as provas de xco não são muito longas iguais as de maratonas,apresentam em torno de 30 a 40 km mas em percursos técnicos e pesados.Uma das provas mais importantes de xco é a copa do mundo,que tem melhorado a cada ano.
Trip Trail ou Maratona ou XCM: É o tipo de prova em que o percurso é longo e leva de um ponto a outro, que pode ser ou não o mesmo do início da prova. Sendo no mesmo ponto, você só dá uma volta. Tem o nome Trip Trail porque é praticamente uma viagem por trilhas e estradas de terra. Quando o percurso é bem longo, pode ser chamado também de Maratona e chega a levar dois ou até três dias. Exemplos nacionais de provas dessa modalidade são o Big Biker e o MTB Trip Trail Ecomotion. Esse tipo de prova pode compor uma das modalidades de um rali, sendo as outras com veículos automotores - como é o caso do Cerapió(ou Piocerá). Outras vezes, uma prova de Trip Trail compõe um dos trechos de uma Corrida de Aventura, como por exemplo o Ecomotion Pro. As trilhas feitas por lazer pelos entusiastas do Mountain Bike costumam ter a característica de um trip trail.
Singletrack: uma modalidade de Mountain Bike praticada em terrenos de terra, acidentados com montanhas e trilhas, muitas vezes dentro de matas fechadas. É uma versão ciclística do double track ou fire road que é praticado com veículos que possuem quatro rodas, ou os off-roads. Singletrack é a interação de Mountain Biking com a Natureza, desfrutar do esporte com um ambiente as vezes inóspito.
Eliminator ou XCE: é uma modalidade disputada geralmente em um circuito menor que o XCO, mais rápido, e com mais obstáculos onde o atleta é obrigado a fazer muita força para conseguir o melhor tempo. Cada atleta tem direito a uma volta rápida para marcar seu tempo oficial, depois, são efetuadas baterias classificatórias com quatro atletas, classificando os dois atletas mais rápidos, até que se dispute a final com quatro atletas.
Downhill ou DH: No downhill, o ciclista passa por um percurso em descida, com no máximo algumas poucas retas, precisando passar por terreno bastante irregular, natural ou artificial, com jumps (pontos de salto), gaps (vãos a serem transpostos com ou sem ajuda de rampa) e drops (grandes degraus onde o ciclista se deixa "cair" para transpor), enfrentando situações de bastante risco. Nesse tipo de prova costuma-se usar um capacete full-face (capacete fechado que protege o queixo, parecido com o de motociclismo), joelheira com caneleira e muitas vezes colete e cotoveleira. Os ciclistas descem um a um, com tomada de tempo individual. Um exemplo é o Campeonato Brasileiro de Downhill, organizado pela Confederação Brasileira de Mountain Bike (CBMTB.COM).
Freeride: Uma variação do Downhill, o Freeride é utilizado como forma de lazer, tendo como principal diferença a utilização de terrenos variados, em vez de apenas descidas, além dos passeios chamados north shores - que consistem em andar por cima de árvores caídas ou por trajetos no alto de madeiras, criados dentro de florestas. Como consequência, a bicicleta de Freeride apresenta algumas variações em relação ao Downhill, como por exemplo o uso de mais de uma coroa (na relação de marchas dianteira). Os passeios de Freeride dentro das cidades são chamados comummente de Urban Assault e usam obstáculos urbanos, frequentemente escadarias, além de obstáculos construídos de forma fixa ou obstáculos removíveis que são montados na hora e levados embora depois. Downhill, Freeride e 4X são considerados por seus praticantes como "o lado extremo do ciclismo".
4X: O 4X (lê-se four cross)é uma modalidade que possui obstáculos derivados do BMX em um terreno inclinado, tendo largada com gate no estilo BMX, onde quatro competidores descem simultaneamente. Deriva do BMX e do Dual Slalom - uma modalidade em que desciam dois competidores por vez e que era mais parecida com o Downhill. O Dual Slalom caiu em desuso com a introdução do 4X. Os pilotos de 4X costumam vir tanto do BMX como do Downhill. É uma modalidade de ciclismo que tem caído nas graças da TV aberta, tendo eventuais transmissões pela Rede Globo.
Trial - Nessa modalidade, o percurso consiste de obstáculos diversos para serem transpostos pelos competidores, que podem ser compostos de cavaletes, troncos, pedras, latões, muros e até carros. As bicicletas costumam ter quadros pequenos, reforçados, freios hidráulicos, protetor debaixo da coroa e pneus mais vazios, principalmente o traseiro, que além de mais vazio não tem câmara, é mais largo e composto de uma borracha bem mole, para aumentar o grip. Os competidores começam com determinada pontuação e perdem pontos a cada vez que tocam o chão com algum dos pés.
BMX: O nome deriva de Bicycle Motocross, pois as primeiras bicicletas imitavam essas motos. As provas são disputadas em circuito com várias voltas e obstáculos como jumps e curvas de parede, geralmente por competidores muito jovens, com bicicletas menores, de aro 20". Há outras modalidades relacionadas ao BMX, como por exemplo Vertical e Freestyle.
Enduro de Regularidade: É a prova disputada com uma planilha, que contém as referências a serem seguidas e a média horária estipulada pela organização. O objetivo desse tipo de competição não é ser o primeiro a chegar, mas sim ser o mais regular. Chegar no horário exato concede ao competidor ZERO pontos. Para cada segundo de atraso ele será penalizado com UM ponto e para cada segundo adiantado, TRÊS pontos. O vencedor será aquele que obtiver o menor número de pontos. Normalmente é disputado em duplas. A prova é disputada em estradas abertas e trilhas fechadas.
Enduro Mountain Bike: Enduro é uma modalidade do MTB onde há predominância de descidas nos percursos em relação as subidas. O objetivo da modalidade 'testar a técnica de pilotagem em conjunto com a resistência do piloto.
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